domingo, 24 de novembro de 2024

Sistema Respiratório

O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.

Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões.Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.Órgãos que compõem o Sistema Respiratório

Funções do Sistema Respiratório

Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça a seguir as funções desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.
Troca gasosa

Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões.

É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos pelo Sistema Nervoso Central.

Equilíbrio ácido-base

O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.

Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar informações para os controladores da respiração.

 
Produção de sons

A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na respiração.

São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.
Defesa pulmonar

Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as impurezas contidas no ambiente atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável.

Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos.

Conheça a seguir quais são os órgãos do Sistema Respiratório e como eles atuam no nosso corpo.


Órgãos do Sistema RespiratórioDiversos órgãos atuam no Sistema Respiratório
Cavidades Nasais

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.

No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.

A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.

Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

 
Laringe

A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição.

Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.


Traqueia

A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta.

Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado.

 
BrônquiosA traqueia, o brônquio, os bronquíolos e os alvéolos desempenham importantes funções

Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados também por anéis cartilaginosos.

Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos.

Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a árvore brônquica.
PulmõesDetalhes dos Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos e das trocas gasosas

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na caixa torácica. Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração.

Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares.

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares.

Doenças do Sistema Respiratório

Os pulmões podem ser atacados por diversas doenças, as quais pode ser infecciosas ou alérgicas.
Doenças infecciosas do Sistema Respiratório

As doenças infecciosas são resultado de uma inflamação em determinados órgãos. Elas são provocadas por microrganismos, tais como vírus, bactérias, entre outros parasitas.

O processo infeccioso também pode ser desencadeado por substâncias tóxicas, como a fumaça tóxica do cigarro, é o que acontece no enfisema, doença degenerativa crônica, geralmente desencadeada pelo tabagismo.

Dentre as doenças infecciosas mais conhecidas destacam-se: gripe, resfriado, tuberculose, pneumonia e enfisema pulmonar.
Doenças alérgicas do Sistema Respiratório

O sistema respiratório é também atacado por doenças alérgicas, que resultam da hipersensibilidade do organismo a determinado agente: poeira, medicamentos, cosméticos, pólen etc.

Como exemplo de doenças alérgicas, destacam-se: rinite, bronquite e asma.
Curiosidade sobre o Sistema Respiratório

Nenhum Sistema do nosso organismo atua sozinho. Em situações de perigo, por exemplo, o Sistema Respiratório e o Sistema Nervoso atuam em conjunto.

Em situações de perigo, nosso corpo reage de diferentes formas, uma delas é a respiração acelerada. Isso acontece porque o organismo tem necessidade de captar mais oxigênio.

O sistema nervoso simpático libera adrenalina e noradrenalina e, em paralelo, acontece a produção de hormônios pela hipófise, causando essas sensações e reações no corpo.

 
Resumo do Sistema Respiratório

Veja no mapa mental abaixo um resumo com os órgãos do Sistema Respiratório.

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Fontes:
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Sistema Digestório

O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo. Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano.

A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes.

Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.Órgãos do corpo humano relacionado ao sistema digestório

Componentes do Sistema Digestório
O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em duas partes.

Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde aos órgãos anexos.

Veja  abaixo os órgãos que compõem cada parte do Sistema Digestório.

Partes                                                           Descrição
Tubo digestório alto           Boca, faringe e esôfago.
Tubo digestório médio       Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
Tubo digestório baixo     Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
Órgãos anexos                   Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.


A seguir estão apresentadas mais informações e detalhes sobre cada um dos componentes do Sistema Digestório.


Tubo Digestório AltoÓrgãos e anexos do trato digestório alto

O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.

Conheça a seguir mais detalhes sobre cada um desses órgãos.
Boca
A boca é o local onde inicia o sistema digestório

A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.

Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua.

Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o transformando em moléculas menores de maltose.

 
Faringe
A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório

A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago.

Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório.

No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago.

A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de comunicação com a laringe.

 
EsôfagoMovimento peristálticos do esôfago

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo.

É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.
Tubo Digestório Médio

O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

EstômagoAnatomia do estômago sadio e de um estômago com úlcera

O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das proteínas.

A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma.

Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro".

O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica).

A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina.

A gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas menores. Estas são as proteoses e peptonas.

Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo, o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado.
Intestino delgadoÓrgãos anexos que participam do processo digestivo no intestino

O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.

O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.

O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.

Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.

Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo.

Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.

Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo.

Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso.
Tubo Digestório Baixo

O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto.


Intestino grossoO intestino grosso é o último órgão que atua no sistema digestório

O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos.

Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.

No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.

O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes.

Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.

Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes.

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FONTES:
https://www.todamateria.com.br/sistema-digestivo-sistema-digestorio/
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Tecido Nervoso

O tecido nervoso é um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e responder aos estímulos.

As células do tecido nervoso são altamente especializadas no processamento de informações.

Os neurônios transmitem os impulsos nervosos e as células da glia atuam junto com eles.

Função

A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo.

Tudo acontece de forma muito rápida. Através dos neurônios, o sistema nervoso recebe estímulos, decodifica as mensagens e elabora respostas.

Por exemplo: o frio (estímulo externo) é recebido pelos receptores da pele, transmitido por neurônios sensitivos e interpretado no sistema nervoso central.

Células Nervosas

As células do tecido nervoso podem ser de dois tipos: neurônios e células gliais.

Representação dos neurônios com sua forma típica estrelada, corpo celular e prolongamentos ramificados. Ao redor, estão células da glia, entre elas o oligodendrócito envolve o axônio.

Representação de um neurônio e de células da glia. Observe o oligodendrócito que envolve o axônio neuronal

Neurônios

neurônios
Neurônios realizando sinapse.

Os neurônios transmitem informações por mediadores químicos, os neurotransmissores, e de impulsos elétricos.
Podemos identificar três regiões na maioria dos neurônios, são elas:

  • Corpo celular: nele se localizam o núcleo e as organelas, por exemplo, mitocôndrias.
  • Axônio: é um prolongamento longo do corpo celular, geralmente único, de espessura constante. É envolvido por macroglias de dois tipos: Oligodendrócitos e Células de Schwann.
  • Dendritos: são prolongamentos curtos do corpo celular, com muitas ramificações que se afinam nas pontas.

Podem ser de vários tipos e classificados da seguinte maneira:

  • Segundo a forma: Neurônios Multipolares, Bipolares e Unipolares
  • Segundo a função: Neurônios Sensitivos, Motores e Integradores

Células da Glia

As células da glia, ou neuróglias, são muito mais numerosas do os neurônios. Sua função é nutrir e proteger o sistema nervoso.

Além disso, ajudam na regulação das sinapses e transmissão dos impulsos elétricos.

Existem dois tipos de células gliais, a saber:

  • Microglias: protegem o sistema nervoso, agindo de forma semelhante aos macrófagos.
  • Macroglias: há quatro subtipos, cada uma com função específica, ajudando na transmissão dos impulsos nervosos. São elas: os astrócitos, os oligodendrócitos, os ependimócitos e as células de Schwann.

Características

O tecido nervoso constitui os órgãos do sistema nervoso, que pode ser classificado em dois:

Sistema Nervoso Central (SNC)




Imagem do encéfalo, com ênfase no cerebelo em vermelho.

Formado pelo encéfalo, que fica dentro da caixa craniana, e pela medula espinhal.

No cérebro e cerebelo, que compõem o encéfalo, os corpos celulares dos neurônios se concentram na região mais externa (córtex) formando a substância cinzenta.

Os prolongamentos (axônios) formam a região mais interna chamada substância branca.

Enquanto na medula espinhal, a substância branca é mais externa e a cinzenta é interna.

Sistema Nervoso Periférico

sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periférico partindo do Sistema nervoso central.
Formado pelos nervos e gânglios. Os nervos são compostos de fibras nervosas.
As fibras, por sua vez, são constituídas pelos axônios e pelas células de Schwann, que os revestem.

Os gânglios são porções dilatadas dos nervos, onde se concentram corpos celulares dos neurônios.

Impulsos Nervosos e Sinapses

Sistema Nervoso Central realizando sinapses
Realização de sinapses entre neurônios para interpretação de sensações.

A transmissão do impulso nervoso é a forma de comunicação dos neurônios. Os impulsos são fenômenos de natureza eletroquímica, uma vez que envolvem substâncias químicas e a propagação de sinais elétricos.

As sinapses ocorrem entre os prolongamentos dos neurônios (axônio de uma célula e dendritos da vizinha). Ocorrem devido a substâncias químicas, os mediadores chamados neurotransmissores.

Os sinais elétricos geram um potencial de ação nas membranas dos neurônios, isso quer dizer, que há mudança de cargas elétricas.

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FONTES:

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Tecido Muscular

O tecido muscular relaciona-se com a locomoção e outros movimentos do corpo.

Entre as suas principais características estão: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade.

Os músculos representam 40% da massa corporal. Por isso, em muitos animais o tecido muscular é o mais abundante.

As células do tecido muscular são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. São ricas em duas proteínas: actina e miosina.

No estudo do tecido muscular, os seus elementos estruturais recebem uma denominação diferenciada. Entenda cada uma delas:

  • Célula = Fibra Muscular;
  • Membrana Plasmática = Sarcolema;
  • Citoplasma = Sarcoplasma;
  • Retículo Endoplasmático Liso = Retículo Sarcoplasmático

Funções do Tecido Muscular 
  • Movimento do corpo
  • Estabilização e postura
  • Regulação do volume dos órgãos
  • Produção de calor

O tecido muscular é classificado em três tipos: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso ou não-estriado.

Cada tecido é formado por fibras musculares que possuem características morfológicas e funcionais particulares, como veremos a seguir:
Tecido Muscular Estriado Esquelético

O termo esquelético deve-se à sua localização, pois está ligado ao esqueleto.

O tecido muscular estriado esquelético possui contração voluntária e rápida.

Cada fibra muscular contém várias miofibrilas, filamentos de proteínas (actina, miosina e outras).

A organização desses elementos faz com que se observem estriações transversais ao microscópio de luz, o que conferiu o nome estriado ao tecido.

As fibras musculares estriadas esqueléticas possuem forma de longos cilindros, que podem ter o comprimento do músculo a que pertencem. São multinucleadas e os núcleos se situam na periferia da fibra, junto à membrana celular.

Corte longitudinal das fibras esqueléticas, onde é possível observar suas estriações

A fibra muscular e a contração

A contração muscular permite a locomoção e os demais movimentos do corpo.
As fibras musculares contraem-se devido ao encurtamento das miofibrilas, filamentos citoplasmáticos ricos em proteínas actina e miosina, dispostas ao longo de seu comprimento.

Esses filamentos podem ser observados em microscópio óptico, Nele podem ser observadas a presença de estriações transversais pela alternância de faixas claras (Banda I, miofilamentos de actina) e faixas escuras (Banda A, miofilamentos de miosina).

A essa estrutura dá-se o nome de sarcômero, que representa a unidade funcional da contração muscular.

Uma célula muscular tem entre dezenas e centenas de sarcômeros arranjados na miofibrila. Cada sarcômero é delimitado por dois discos transversais, chamados de linhas Z.

O sarcômero e sua atuação durante a contração muscular



De forma resumida, a contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a miosina.

Isso porque a actina e miosina formam filamentos organizados que permite o deslizamento de uns sobre os outros, encurtando as miofibrilas e levando à contração muscular.

No citoplasma da fibra muscular é possível encontrar diversas mitocôndrias, que garantem a energia necessária para a contração muscular e grânulos de glicogênio.

As fibras musculares são mantidas unidas devido ao tecido conjuntivo. Este tecido permite que a força de contração, gerada por cada fibra individualmente, atue sobre o músculo inteiro.

Além disso, o tecido conjuntivo nutre e oxigena as células musculares e transmite a força gerada na contração aos tecidos vizinhos.

Tecido Muscular Estriado Cardíaco

É o principal tecido do coração.

Este tecido possui contração involuntária, vigorosa e rítmica.

É constituído por células alongadas e ramificadas, dotadas de um núcleo ou dois núcleos centrais.

Apresentam estrias transversais, seguindo o padrão de organização dos filamentos de actina e miosina. Porém, não se agrupam em miofibrilas.

Diferencia-se do tecido muscular estriado esquelético por suas estriações serem mais curtas e não tão evidentes.

Tecido Muscular Cardíaco em corte longitudinal. As estriações são menos aparentes


As fibras cardíacas são envolvidas por um envoltório de filamentos de proteínas, o endomísio. Não há perimísio e nem epimísio.

As células estão unidas entre si, através de suas extremidades, por estruturas especializadas: os discos intercalares. Estas junções permitem a adesão entre as fibras e a passagem de íons ou pequenas moléculas de uma célula a outra.

Quase metade do volume celular é ocupado por mitocôndrias, o que reflete a dependência do metabolismo aeróbico e a necessidade contínua de ATP.

O tecido conjuntivo preenche os espaços entre as células e os seus capilares sanguíneos oferecem oxigênio e nutrientes.

Os batimentos cardíacos são controlados por um conjunto de células musculares cardíacas modificadas, denominado de marca-passo cardíaco ou nó sinoatrial. A cada segundo, aproximadamente, um sinal elétrico se propaga pela musculatura cardíaca, gerando a contração.

Tecido Muscular Liso ou Não-Estriado

Sua principal característica é a ausência de estriações.

Presente nos órgãos viscerais (estômago, intestino, bexiga, útero, ductos de glândulas e paredes dos vasos sanguíneos).

Constitui a parede de muitos órgãos, sendo responsável por movimentos internos como o movimento dos alimentos através do tubo digestivo.

Este tecido possui contração involuntária e lenta.

As células são uninucleadas, alongadas e com extremidades afiadas.

Ao contrário dos tecidos estriado esquelético e cardíaco, o tecido muscular liso não apresenta estriações. Isto porque, os filamentos de actina e miosina não se organizam no padrão regular apresentado por células estriadas.

Tecido Muscular Liso e a ausência de estriações

As células estão unidas por meio de junções do tipo gap e de zonas de oclusão.

No tecido muscular liso não é encontrado perimísio e nem epimísio.

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Fontes:
https://www.todamateria.com.br/tecido-nervoso/

Tecido Conjuntivo

Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão, composto de grande quantidade de matriz extracelular, células e fibras.

Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços entre os tecidos, além de nutri-los.

Existem tipos especiais de tecido conjuntivo, cada um com função específica. Isso varia, principalmente, de acordo com a composição da matriz e do tipo de células presentes.
Representação dos tipos de tecidos

Tipos de Tecido Conjuntivo
A classificação dos diferentes tecidos conjuntivos pode ser feita de acordo com o material e o tipo de células que o compõem.

A matriz extracelular, que é a substância entre as células, tem consistência variável. Ela pode ser: gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso), líquida (sanguíneo), flexível (cartilaginoso) ou rígida (ósseo).

Desse modo, pode ser dividido em tecido conjuntivo propriamente dito e em tecidos conjuntivos de propriedades especiais, a saber: adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

Esse tecido, como o nome indica, é o típico tecido de ligação. Ele atua na sustentação e preenchimento dos tecidos e, dessa forma, contribui para que fiquem juntos, estruturando os órgãos.

Sua matriz extracelular é abundante, composta de uma parte gelatinosa (polissacarídeo hialuronato) e três tipos de fibras proteicas: colágenas, elásticas e reticulares.

Existem dois subtipos de tecido conjuntivo propriamente dito, classificados de acordo com a quantidade de matriz presente, são eles:

Tecido Conjuntivo Frouxo

É constituído de pouca matriz extracelular, com muitas células e poucas fibras.

Isso torna o tecido flexível e pouco resistente às pressões mecânicas. Algumas células são residentes, como os fibroblastos e macrófagos e outras são transitórias, como: linfócitos, neutrófilos, eosinófilos.

É encontrado pelo corpo todo, envolvendo órgãos. Além disso, serve de passagem a vasos sanguíneos, sendo assim importante na nutrição dos tecidos.

Tecido Conjuntivo Denso

Possui grande quantidade de matriz extracelular, com predominância das fibras colágenas, dispostas sem grande organização. Há poucas células presentes, entre elas os fibroblastos.

É encontrado abaixo do epitélio, na derme, conferindo resistência às pressões mecânicas, graças às suas muitas fibras. Também é muito encontrado nos tendões.

Tecido Conjuntivo Adiposo

É um tipo de tecido conjuntivo de propriedades especiais. Sua função é de reserva energética e também proteção contra o frio e impactos.

É constituído de pouca matriz extracelular, com quantidade considerável de fibras reticulares e muitas células especiais, os adipócitos, que acumulam gordura.

Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
Cartilagem Elástica


É composto por grande quantidade de matriz extracelular, no entanto, ela é mais rígida nesse tecido do que no conjuntivo propriamente dito. Isso ocorre devido à presença de glicosaminoglicanas associadas às proteínas, além de finas fibras colágenas.


Nas cartilagens, constituídas desse tecido, estão presentes os condrócitos, células que ficam alojadas dentro de lacunas na matriz.

Devido à sua consistência especial, o tecido cartilaginoso faz a sustentação de diversas regiões do corpo, mas com certa flexibilidade.

Tecido Conjuntivo Ósseo
Tecido Ósseo onde estão presentes células jovens (osteoblastos) e maduras (osteócitos)

É um tecido mais rígido, presente nos ossos e responsável pela sustentação e movimentação.

É composto de abundante matriz extracelular, rica em fibras colágenas e moléculas especiais (proteoglicanas e glicoproteínas). A matriz é calcificada pela deposição de cristais (formados de fosfato de cálcio) sobre as fibras.

A célula especial do tecido, o osteócito, fica no interior de lacunas na matriz rígida. É uma célula madura originada dos osteoblastos, células ósseas jovens.

 
Tecido Conjuntivo Sanguíneo
Células sanguíneas. A célula diferente é um eosinófilo, um tipo de leucócito entre hemácias

É um tecido especial cuja matriz se encontra no estado líquido. Essa substância se chama plasma, nele estão as células sanguíneas: glóbulos vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas (fragmentos celulares).

O tecido hematopoiético ou hemocitopoiético é responsável pela formação das células sanguíneas e componentes do sangue. Ele está presente na medula óssea, localizada no interior de alguns ossos.
Funções

Cada tipo de tecido conjuntivo possui tipos específicos de células e sua matriz extracelular contém diferentes moléculas e fibras que determinam sua função.

  • Preenche espaços entre os diferentes tecidos e estruturas;
  • Participa na nutrição de células de outros tecidos que não possuem vascularização, uma vez que facilita a difusão dos nutrientes, além de gases, entre o sangue e os tecidos;
  • Reserva energética nas células adiposas;
  • Atua na defesa do organismo através das suas células;
  • Produz células sanguíneas na medula óssea.


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Fontes:
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Tecido Epitelial

Funções do Tecido Epitelial

A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície externa do corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora.

São funções do tecido epitelial:

  • Proteção e revestimento (pele);
  • Secreção (estômago);
  • Secreção e absorção (intestino);
  • Impermeabilização (bexiga urinária).

A estreita união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos corporais.

Características do tecido epitelial

  • Células muito próximas, com pouco material extracelular entre elas;
  • Células unidas de forma bem organizada;
  • Possui suprimento nervoso;
  • Não possui vasos (avascular);
  • Alta capacidade de renovação (mitose) e regeneração;
  • Nutrição e oxigenação por difusão pela lâmina basal.
Tipos de Tecido Epitelial

De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido epitelial: de revestimento e glandular. No entanto, pode haver células com função secretora no epitélio de revestimento.

tipos de tecido epitelial
Tipos de tecido epitelial

Tecido epitelial de revestimento

Os epitélios são constituídos por uma ou mais camadas de células com diferentes formas, com pouco ou quase nenhum fluido intersticial (substância entre as células) e vasos entre elas.

Porém, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoproteica denominada lâmina basal, que tem a função de promover a troca de nutrientes entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo adjacente.

De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados em:

  • Epitélio Simples: são formados por uma única camada de células;
  • Epitélio Estratificado: possuem mais de uma camada de células;
  • Epitélio Pseudo-Estratificado: são formados por uma única camada de células, mas possui células com alturas diferentes, dando a impressão de ser estratificado.

O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante unidas, sendo este um epitélio estratificado.

Isso porque a função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie de barreira protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos químicos.

Já o tecido epitelial que cobre os órgãos é simples, pois o tecido não pode ser tão espesso devido à necessidade de trocas de substâncias.

Os epitélios também são classificados quanto à forma das células:

  • Epitélio Pavimentoso: possui células achatadas;
  • Epitélio Cúbico: as células apresentam-se em forma de cubo;
  • Epitélio Prismático: as células são alongadas, em forma de coluna;
  • Epitélio de Transição: a forma original das células é cúbica, mas ficam achatadas devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão.

Tecido epitelial glandular

As células do tecido epitelial glandular possuem as mesmas características do epitélio de revestimento, no entanto, ao contrário delas raramente são encontradas em camadas.

Portanto, suas células são muito unidas e geralmente dispostas em um única camada.

Os epitélios glandulares são tecidos com função secretora, que constituem órgãos especializados chamados glândulas.

formação do tecido epitelial
Formação do tecido epitelial

As células epiteliais secretoras são capazes de sintetizar moléculas, a partir de moléculas precursoras menores, ou modificá-las.

As células de secreção também podem estar isoladas entre as células do epitélio de revestimento, ou formando esse epitélio. Por exemplo, revestindo a cavidade do estômago ou parte do aparelho respiratório.

As glândulas e o tecido epitélio granular

A maioria das glândulas do corpo humano são formadas a partir do epitélio glandular. Elas podem ser de dois tipos: exócrinas ou endócrinas.

Nas glândulas endócrinas a ligação com o epitélio de revestimento deixa de existir, as células se reorganizam em folículos (tireoide) ou em cordões (adrenal, paratireoide, ilhotas de Langerhans).

As glândulas exócrinas são formadas de duas partes: uma parte secretora (formada pelas células de secreção) e um ducto excretor (composto de células epiteliais de revestimento).

O ducto lança as secreções dentro de cavidades internas (glândulas salivares) ou para o exterior do corpo (glândulas sudoríparas e sebáceas).

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Fontes:

https://www.todamateria.com.br/tecidos-do-corpo-humano/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/tecidos-do-corpo-humano

https://querobolsa.com.br/enem/biologia/tecidos-do-corpo-humano